LODO ATIVADO CONVENCIONAL

  Lodo Ativado Convencional

 

É um processo biológico de tratamento no qual o líquido efluente dos decantadores primários ou reatores anaeróbios é introduzido em tanques de aeração onde se fornece oxigênio continuamente, através de ar comprimido ou aeração superficial mecânica. Após certo tempo forma-se uma massa ativa de sólidos sedimentáveis constituída por microrganismos diversos. Esses microrganismos formam os flocos que irão sedimentar em tanques após 3 horas de repouso. Esses tanques são os decantadores secundários, Esse lodo, chamado de lodo ativado, retorna aos tanques de aeração (recirculação de lodo). Você pode aprender mais assistindo ao vídeo no canal educativo Alessandra Valadares. Lá encontrará uma explicação bem detalhada, DE PRIMEIRA LINHA, do professor Manuel Senra. No livro Tratamento de Esgoto . Noções fundamentais para operadores de ETE (autores Manuel Senra e Alessandra Valadares), você encontra uma série de fluxogramas e fotos com modelos de aeração em estações que já operamos. Forte abraço! Bons estudos.

 

 

O Biogás para Veículos na SABESP

Biogás para veículos na SABESP

 

Em 1980 a SABESP implantou junto a Estação de Tratamento de Esgoto de Vila Leopoldina uma usina piloto de purificação e compressão de biogás para uso em veículos. Na época, este Projeto foi conduzido pelos engenheiros da SABESP Eulicio Camargo e Manuel Senra. O Projeto desta unidade foi desenvolvido pelo IPT e possuía a capacidade de purificar 600 Nm³/dia. O biogás proveniente dos digestores anaeróbios passava por torres que recebiam produtos químicos onde o gás carbônico (CO2) era removido e se atingia um produto final com 96% de metano (CH4) e 4% de gás carbônico (Co2).

Este gás, após secagem era comprimido a 200 atmosferas, sendo enviado para um posto de abastecimento de veículos.

Anexo foto de veículos da SABESP sendo abastecidos por gás de esgoto em 1980.

 

Artigo: Alessandra Valadares

Arqª/Urbanista Msc. Saneamento

Lagoas Aeradas – Post 6/6

Lagoas Aeradas – post 6/6

Amigos! Post final sobre Lagoas Aeradas.

Vamos Lá!

Sabe-se que a qualidade do efluente de uma lagoa aerada não é adequada para o lançamento direto no corpo receptor pelo fato de conter elevada concentração de sólidos em suspensão.

Normalmente a Lagoa Aerada de mistura completa é seguida por lagoa facultativa onde a sedimentação e estabilização desses sólidos possa ocorrer.

No nosso escritório ,nos projetos, considero sempre importante observar:

Tempo de detenção da lagoa aerada de mistura completa de 3 dias para a vazão média , profundidade de 3 a 4 metros, e potência mínima instalada de 5 Watts/m³.

E uma dica especial : O oxigênio dissolvido em toda a lagoa, durante a operação de acordo com Manuel Senra, deve estar em torno de 1 mg/L.

As lagoas aeradas atingem em termos de remoção de DBO, demanda bioquímica de oxigênio, uma eficiência de 50% a 60%.

Espero que essa série de posts sobre Lagoas tenha ajudado vocês!

Enviem o pedido, ou dúvida de vocês, para escrever o próximo assunto.

Abraços,

Alessandra Valadares

www.alehsaneamentoearquitetura.com.br

 

Lagoas Anaeróbias – Problemas de Operação

Post 2/6

Lagoas Anaeróbias e Problemas de Operação

 

Como qualquer outro processo de tratamento de esgoto, as lagoas anaeróbias estão sujeitas a determinados problemas operacionais, entre os quais maus odores, moscas e insetos e vegetais. Os maus odores aparecem nas lagoas principalmente devido à sobrecarga de esgotos, presença de substâncias tóxicas entre outros.

Para cada problema que ocorre dentro da ETE, temos algumas atitudes a realizar, uma delas que citarei aqui é a seguinte:

Caso existe uma lagoa facultativa e uma lagoa de maturação após a lagoa anaeróbia, uma medida prática para reduzir os maus odores é recircular o líquido da lagoa de maturação para a entrada do esgoto na lagoa anaeróbia, na seguinte proporção média: vazão de recirculação da lagoa facultativa igual a 1/3 da vazão afluente à lagoa anaeróbia.

Além disso, deve-se ficar atento ao crescimentos de vegetais aquáticos (aqueles que aparecem nos taludes internos das lagoas anaeróbias) e os vegetais terrestres (aqueles que se desenvolvem no talude externo, distantes de contato com a água). A remoção é diferenciada para cada um deles e é fundamental para eficiência da Estação e também segurança do operador da ETE. Os projetos modernos das lagoas anaeróbias hoje utilizam a geo membrana internamente protegendo o lençol freático e evitando crescimento de vegetais.

A ALEh Saneamento e Arquitetura realiza muitas operações em ETEs de tratamento aeróbio e anaeróbio. Para cada situação, fazemos uma manobra operacional com a finalidade de atingir a eficiência ótima do sistema. Neste post falamos sobre a alternativa de melhorar a operação lagoas anaeróbias. Na próxima semana, mais assunto de lagoas! Vamos para o 3º post!! Para a ALEh o importante é trabalhar bem para que a saúde chegue em todas as cidades, para todas as pessoas, preservando rios, lagos e mares e orientar os engenheiros responsáveis pelo tratamento de esgoto a realizar um bom projeto e aos operadores das ETEs uma excelente operação .

 

Autora:        Alessandra Valadares

Supervisão: Manuel Senra

www.alehsaneamentoearquitetura.com.br