Lagoas Aeradas – Post 6/6

Lagoas Aeradas – post 6/6

Amigos! Post final sobre Lagoas Aeradas.

Vamos Lá!

Sabe-se que a qualidade do efluente de uma lagoa aerada não é adequada para o lançamento direto no corpo receptor pelo fato de conter elevada concentração de sólidos em suspensão.

Normalmente a Lagoa Aerada de mistura completa é seguida por lagoa facultativa onde a sedimentação e estabilização desses sólidos possa ocorrer.

No nosso escritório ,nos projetos, considero sempre importante observar:

Tempo de detenção da lagoa aerada de mistura completa de 3 dias para a vazão média , profundidade de 3 a 4 metros, e potência mínima instalada de 5 Watts/m³.

E uma dica especial : O oxigênio dissolvido em toda a lagoa, durante a operação de acordo com Manuel Senra, deve estar em torno de 1 mg/L.

As lagoas aeradas atingem em termos de remoção de DBO, demanda bioquímica de oxigênio, uma eficiência de 50% a 60%.

Espero que essa série de posts sobre Lagoas tenha ajudado vocês!

Enviem o pedido, ou dúvida de vocês, para escrever o próximo assunto.

Abraços,

Alessandra Valadares

www.alehsaneamentoearquitetura.com.br

 

Lagoas Facultativas- Princípios de Operação Assistida

Lagoas Facultativas – Post 4/6

Para uma eficiente operação da estação de tratamento de esgoto por lagoas facultativas é necessário fazer inspeções diárias. O operador deste tipo de lagoas de estabilização deve percorrer todo o perímetro das lagoas, observar e anotar em boletins diários apropriados sobre os principais pontos de ocorrência. Inclusive podemos citar alguns que o escritório da ALE utiliza, por exemplo :

  1. Há levantamento de lodo em algum ponto?
  2. Nas lagoas facultativas existe manchas negras?
  3. Há infiltração visível?
  4. Há presença de moscas, insetos ou aves?
  5. Há óleo na superfície?
  6. A cor do esgoto está normal? etc

Para uma boa operação todos os pontos listados no boletim deverão ser acompanhados dia a dia pelo operador da ETE. São diversos itens para ocorrência diária que precisam ser acompanhados. No entanto, onde existe a disponibilidade de área, insolação suficiente, e a possibilidade de um bom treinamento para os operadores é uma alternativa de projeto que deve ser considerada por seu um dos sistemas mais simples de serem trabalhados para despoluição.

Autora: Alessandra Valadares

Supervisão:Manuel Senra

WWW.alehsaneamentoearquitetura.com.br

Lagoas Facultativas – Post 3/6

As lagoas de estabilização facultativas são reservatórios criados para reter esgotos, até que estes se tornem viáveis e adequados para serem lançados em um corpo receptor. A estabilidade é conseguida através da simbiose entre algas e bactérias durante as funções biológicas da respiração e da fotossíntese. Para a respiração, é necessário oxigênio, que é fornecido pelas algas, e para a fotossíntese é essencial o gás carbônico que é fornecido pelas bactérias. Estabelece-se pois no interior de uma lagoa, um círculo vicioso, em que as algas sintetizam matéria orgânica (seres autótrofos) libertando oxigênio para seu processo respiratório, liberando como sub produto gás carbônico, necessário à fotossíntese.

Quando bem projetadas as lagoas facultativas conseguem obter uma eficiência de 85% em termos de remoção de DBO.

Autora: Alessandra Valadares

Supervisão: Manuel Senra

Lagoa Facultativa – Cristalina Goiás

Lagoa Anaeróbia- Tratamento de Esgoto

Da Série Lagoas

São muitos os processos de tratamento de esgoto que projetamos e operamos. Já falamos sobre UASB/RAFA, fizemos vídeos sobre Lodos Ativados e agora faremos um estudo com 6 posts sobre Lagoas . Todas elas!! Já que alguns países tem nos chamado para ensinar sobre lagoas de estabilização. Sim! Elas ainda são importantes. Quando o assunto é sanear, tratar os esgotos, devemos avaliar o que a cidade é capaz de fazer, e despoluir!

Vamos lá: a começar como o esgoto é tratado em uma Lagoa Anaeróbia

As lagoas são muito usadas em áreas onde tem insolação favorável, um terreno de grandes dimensões e muito importante: onde a operação da estação de tratamento de esgoto necessite de condições mais simples e econômicas para despoluir.

As Lagoas Anaeróbias são Lagoas escavadas no terreno e dimensionadas para reter os esgotos por um período de 3 a 5 dias, possuindo altura da lâmina d’água em torno de 3,0 a 4,5 metros.

As Lagoas anaeróbias, quando comparadas a uma Estação de Tratamento Convencional, substituem as seguintes unidades:

Decantadores Primários; Adensadores de Lodo; Digestores Anaeróbios; Sistema de Queima de Gás; Bombas , motores e equipamentos envolvidos no tratamento primário dos esgotos.

Quando os esgotos penetram em uma lagoa anaeróbia, e aí tem um tempo de permanência de 3 a 5 dias, acontece  seguinte:

  • O material sólido, como a areia e o cascalho e lodo, se sedimentam e permanecem no fundo da lagoa;
  • O material flutuante- óleos, gorduras, rolhas, sacos plásticos, etc permanecem na superfície líquida, formando uma crosta sobre a lagoa.
  • Dispositivos especialmente construídos impedem que esse material flutuante saia no efluente da lagoa;

Os lodos que se sedimentam no fundo das lagoas anaeróbias vão passando por um processo de digestão anaeróbia e assim vão perdendo água, se mineralizando, e sendo também parte desse lodo transformado em gás. De acordo com o Engº Manuel Senra devido a essa redução de volume por digestão e adensamento é errado pensar que uma lagoa anaeróbia estará cheia de lodo em pouco tempo de operação. A redução da carga orgânica dos esgotos por uma lagoa anaeróbia ocorre devido à presença de bactérias anaeróbias, através de seus processos metabólicos nas fases de respiração, alimentação e crescimento, transformam parte da matéria orgânica existente em matéria não mineral. É isso ai! No próximo post , continuamos o nosso estudo.

Autora: Alessandra Valadares

Arqª/Msc. Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos

Especializada em Diagnóstico Operacional de ETEs.