Desidratação natural por leitos de secagem

Os leitos de secagem são unidades que receberão o lodo digerido e, através de um sistema de drenagem removerão a água desse lodo promovendo sua secagem. Esse lodo digerido seco poderá ser empregado na agricultura como condicionador de solo, não devendo , contudo, por motivos higiênicos ser utilizados em vegetais que não sofram cozimento. A seguir  temos uma foto de um leito de secagem na altura correta da disposição do lodo, em torno de 20 a 25 cm, bem projetado, construído e com secagem completa do lodo . E um vídeo com todos os processos de desidratação de lodo de ETE.

 

Vídeo

O que é importante na operação de centrífugas

O lodo desidratado pelas centrífugas consegue atingir uma torta com 25# a 30% de sólidos totais (70% a 75% de umidade). Para a desidratação do lodo através das centrífugas é necessária a aplicação de polímero no caso o catiônico. Inclusive, o prof .Manuel Senra nas suas práticas chegou a um número no escritório da ALE de 5kg de polímero seco por tonelada de sólidos secos afluentes
à centrífuga.

A eficiência da centrífuga é evidente, o que exige mais de nós sanitaristas e que tenho observado em  anos de operação é apenas o início da pré operação dentro da ETE. Após a centrifuga instalada e rodada pelo fornecedor, precisamos fazer muitos cálculos, desenhar e elaborar as planilhas de acordo com o tratamento de esgoto da Estação, calcular a quantidade de lodo prevista por dia dentro da ETE em bom funcionamento, fazer as curvas de eficiência e potência e deixar tudo pronto para o operador da estação de tratamento de esgoto. Uma centrífuga bem operada gera lucro para a estação, o lodo bem desidratado, gasta-se menos no transporte  e pode ser usado como biossólido. A operação assistida de uma área de desidratação mecânica é um trabalho árduo de pelo menos

Dia de teste para “rodar” a centrífuga.

uma semana dentro da ETE calculando e depois ensinando os operadores. Mas, vale a pena!!

É muito importante que o operador seja bem treinado e saiba fazer o acompanhamento adequado porque uma estação produz lodo diariamente . Se você quiser conhecer mais sobre vários processos de desidratação do lodo, no nosso canal do youtube Alessandra Valadares você vai encontrar um vídeo completo sobre este assunto com muitos exemplos além de uma explicação detalhada sobre centrífugas, captura de sólidos, etc.

 

Fenômenos físicos no tratamento de esgoto

Nos diversos processos de tratamento de esgoto, quase sempre se combinam fenômenos físicos, químicos , biológicos e térmicos.

Quanto aos fenômenos físicos temos remoção de sólidos grosseiros e flutuantes nas seguintes unidades:grade grosa, grade fina mecanizada e peneiras.

A remoção de partículas sedimentáveis se dão nas caixas de areia, desarenadores, nos decantadores primários e secundários, tanques sépticos, lagoas de estabilização e reatores UASB/RAFAS.

A remoção de partículas leves pode ser feita nos tanques de flotação e caixas de gordura.

Já a desidratação do lodo pode ser feita através do leito de secagem, filtro prensa, belt press, centrífuga, contipress e bags. Inclusive você pode assistir o filme no nosso canal do youtube Alessandra Valadares onde explicamos detalhadamente sobre a atividade de desidratação do lodo de ETE! Vocês vão gostar.

Quanto a remoção de algas temos diversos processos para separação mecânica (filtração), dentre eles : filtros rotativos, filtros de areia e filtros de carvão ativado. Se você quiser aprender um pouco mais sobre os fenômenos físicos o Livro Tratamento de Esgoto Noções fundamentais para operadores ,Manuel Senra e Alessandra Valadares você aprende mais sobre os processos..

No próximo post escreverei sobre os fenômenos biológicos!

 

Como se classificam os esgotos

Podemos classificar os esgotos de acordo com sua característica, sua força e sua principal característica.

De acordo com sua origem o esgoto pode ser doméstico ( provenientes das atividades domésticas como aparelhos sanitários, cozinha,lavagem de roupas), são os despejos líquidos das habitações, estabelecimentos comerciais, instituições. Inclusive no nosso livro: Tratamento de Esgoto – Noções Fundamentais para Operadores de ETE- Manuel Senra e Alessandra Valadares) apresentamos um desenho bem interessante com as atividades domésticas que produzem esgoto e sua porcentagem!

O esgoto também pode ser procedente de um processamento industrial e proveniente da coleta de precipitação atmosférica (esgoto pluvial).

Além disso,podemos classificar o esgoto quanto a sua força que é uma medida da concentração de sólidos nos esgotos, conteúdo de DBO e capacidade de produzir odores. Quanto mais forte os esgotos,maior sua quantidade de sólidos putrescíveis, isto é, sólidos orgânicos.

De acordo com sua principal característica os esgotos podem ser também procedentes de hospitais, complexos petroquímicos, siderúrgicas, etc.

Outros termos muito utilizados são esgoto fresco, esgoto séptico e esgoto estabilizado . No blog tem uma matéria especial sobre eles.

Espero que tenham gostado. Nos vemos nos próximos posts de estudos!