Série 3 – Rio Tietê, por que acontece o mau cheiro?

Tietê, para os índios: caudal volumoso. Importante para a produção de energia hidrelétrica e para história, o Rio Tietê é como a espinha dorsal que recebe os Rios Tamanduateí e Pinheiros. Já dizia o cientista José Bonifácio de Andrade e Silva que com o crescimento estava começando a desnaturação dos rios. O famoso sanitarista Saturnino de Brito em 1926 avisava à Prefeitura para se ter cuidado com a poluição do Rio Tietê!!!São Paulo cresceu de forma vertical, a cidade que mais desenvolveu no Brasil. Assim, aumentou os resíduos a serem esgotados e a carga poluidora. E o que temos em 2018: o volume de esgoto é superior ao volume do rio nas épocas de estiagem! É depois da confluência do Rio Tamanduateí com o Tietê que as águas do Grande Rio estão como esgoto bruto. Mas e o mau cheiro do Tietê?

Vamos lá: existe uma enorme quantidade de sólidos transportados pelo Rio Tietê, uma parte é insolúvel contribuindo para o assoreamento, diminuindo a profundidade do leito, provocando às vezes até inundação, a outra parte desses sólidos sedimentados é constituída de matéria orgânica insolúvel, formando um lodo fino que entra em decomposição, provocando a formação de gases e o mau cheiro em toda a região. Existe solução? Felizmente, sim! Soluções práticas e econômicas já são asseguradas por nós especialistas em tratamento de esgoto, o que precisa é a união dos órgãos da administração pública, principalmente de bons sanitaristas, empresas privadas, universidades e cidadãos, e com o esforço de todos poderemos contribuir para a garantia do bem estar e da saúde pública da população e o respeito com a cidade de São Paulo.

 

Matéria: Alessandra Valadares.

Revisão: Manuel Senra.

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