Outras formas de desidratação do lodo: contipress, bags e filtro prensa

E vamos continuar o assunto sobre a desidratação do lodo gerado nas Estações de Tratamento de Esgoto. Já vimos nos posts anteriores uma explicação sobre os leitos de secagem,parâmetros importantes de projeto. Já falamos sobre a importância de se operar muito bem a centrífuga de desidratação (é um equipamento bem eficiente!), fizemos posts, textos e vídeos sobre as centrífugas (canal youtube Alessandra Valadares) e agora vamos citar outros processos que podem ser usados na desidratação do lodo.

Contipress: este equipamento também desidrata o lodo após a adição de polímero catiônico. Em comparação com a centrífuga , consome menos energia uma vez que trabalha em baixa rotação.

Um parafuso interno pressiona o lodo contra uma camisa perfurada obtendo uma torta com 20% a 25% de sólidos totais. Inclusive, quando fizemos o start up e a operação assistida da Estação de Tratamento de Água Rio das Velhas , especificamente a UTR – Unidade de Tratamento de Resíduos (capacidade 6 m³/s) operamos este equipamento. Vocês poderão ver na foto a seguir.

É importante citar os BAGS cujo processo consome energia somente com as bombas de lodo e as bombas de polímero. São fabricados em tecido de alta resistência e,uma vez completados seu volume interno são desativados.

Já o Filtro Prensa de placas é um equipamento mecânico utilizado para a  desidratação de lodo digerido. A torta de lodo desidratado do filtro prensa tem um teor de sólidos de 35% a 40% quando bem operados de acordo com o Consultor Manuel Senra. Para a desidratação do lodo o mesmo deve ser previamente condicionado com polímero ou sais de ferro juntamente com o cal, normalmente utiliza-se mais o cloreto férrico. No nosso Livro Tratamento de Esgoto: Noções Fundamentais para Operadores de ETE tem descrição completa de todos os processos de desidratação do lodo mais utilizados na América Latina.

 

 

 

Lodo de Esgoto – Parte 2

Lodo de Esgoto – Post 2/3

Um assunto bem interessante.: Quantidade de Lodo produzido nas Estações de Tratamento de Esgotos Domésticos.

Vamos lá!! O que observamos quando operamos as Estações de Tratamento de esgoto é que a quantidade de lodo produzido numa ETE será tanto maior quanto mais avançado for o grau de tratamento.

A quantidade de lodo também varia com o tipo de coleta de esgoto (sistema separador absoluto, sistema unitário), tipos de esgoto (doméstico ou industrial) características e unidades de sedimentação (tipo de decantadores, tipos de raspadores, tipos de equipamentos, tipos de entradas dos esgotos nos tanques de sedimentação).

E ainda é importante dizer que a quantidade é função do processo de tratamento, por exemplo, lodo ativado convencional produz quantidade diferenciada de lodo do processo de lodo ativado aeração prolongada e outros processos.

Agora a regra de ouro que sempre quando fazemos os diagnósticos das ETEs e treinamentos para os operadores ensinamos e é fundamental na operação das Estações de Tratamento de Esgoto: o lodo para ser desidratado deve ser um lodo estabilizado, um lodo com baixas concentrações de sólidos voláteis.

No próximo blog falarei sobre os benefícios da digestão do lodo!

Postagem : Arqª Msc.Alessandra Valadares

Supervisão Engº Manuel Senra