Tratamento Químico

O tratamento químico dos esgotos  costuma ser considerado como um tratamento intermediário  porque os resultados que se obtém com ele são melhores que os do tratamento primario comum, porém de qualidade inferior ao tratamento secundário. Segundo Manuel Senra, de maneira objetiva, o tratamento consiste em adicionar ao esgoto bruto, antes dos decantadores primarios, um ou mais produtos químicos para produzir um floco que auxiliará grandemente a remoção de sólidos em suspensão no decantador e também aumentará a remoção de DBO naquela unidade. Deve-se levar em conta que o volume de lodo obtido com o tratamento químico é bem superior ao tratamento primário convencional; portanto, sua implantação deve considerer maiores recursos para manusear o lodo ( digestão,secagem, transporte e disposição).

Inclusive  a Ale colocou em operação a Estação de Tratamento de Goiania, cujo processo CEPT (Chemical Enhanced Primary Treatment) foi instalado. Se você interessar tem excelentes artigos (publicados nos Congressos da ABES) sobre tudo que foi realizado com o lodo produzido nesta ETE.

Matéria:Arqª/Engª sanitarista  Alessandra Valadares

Digestão do Lodo de Esgoto

Digestores ETE Arrudas

Digestão do Lodo de Esgoto – Post 3/3 

O objetivo da digestão do lodo é decompor a matéria orgânica putrescível até a formação de compostos orgânicos ou inorgânicos inertes ou relativamente estáveis a fim de que o lodo resultante possa ser eliminado sem causar prejuízos.

Outra função essencial é reduzir o volume dos lodos, através de liquefação, gasificação e adensamento de maneira que o lodo resultante possa ser separado prontamente da água por um dispositivo qualquer de secagem.

Além disso, o processo de digestão do lodo destrói em grande parte os organismos patogênicos.

Outra função importante que acontece durante esse processo é a possibilidade de utilizar o lodo digerido como condicionador do solo e também os gases resultantes do processo como fonte de energia. Nesse último assunto, no livro Tratamento de Esgoto, Noções Fundamentais para Operadores de ETEs, autoria Manuel Senra e Alessandra Valadares, você poderá ver o primeiro carro da SABESP movido a este tipo de gás em 1982 concepção do engº Senra e uma unidade de gaseificação de 2014 instalada na região metropolitana de Belo Horizonte, onde tive a oportunidade de fazer a operação assistida, uma ETE por sinal muito interessante onde trabalhamos com MBBR , reúso, secagem de lodo e outras inovações.

Artigo: ArqªMsc Alessandra Valadares