Lagoas Anaeróbias – Problemas de Operação

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Lagoas Anaeróbias e Problemas de Operação

 

Como qualquer outro processo de tratamento de esgoto, as lagoas anaeróbias estão sujeitas a determinados problemas operacionais, entre os quais maus odores, moscas e insetos e vegetais. Os maus odores aparecem nas lagoas principalmente devido à sobrecarga de esgotos, presença de substâncias tóxicas entre outros.

Para cada problema que ocorre dentro da ETE, temos algumas atitudes a realizar, uma delas que citarei aqui é a seguinte:

Caso existe uma lagoa facultativa e uma lagoa de maturação após a lagoa anaeróbia, uma medida prática para reduzir os maus odores é recircular o líquido da lagoa de maturação para a entrada do esgoto na lagoa anaeróbia, na seguinte proporção média: vazão de recirculação da lagoa facultativa igual a 1/3 da vazão afluente à lagoa anaeróbia.

Além disso, deve-se ficar atento ao crescimentos de vegetais aquáticos (aqueles que aparecem nos taludes internos das lagoas anaeróbias) e os vegetais terrestres (aqueles que se desenvolvem no talude externo, distantes de contato com a água). A remoção é diferenciada para cada um deles e é fundamental para eficiência da Estação e também segurança do operador da ETE. Os projetos modernos das lagoas anaeróbias hoje utilizam a geo membrana internamente protegendo o lençol freático e evitando crescimento de vegetais.

A ALEh Saneamento e Arquitetura realiza muitas operações em ETEs de tratamento aeróbio e anaeróbio. Para cada situação, fazemos uma manobra operacional com a finalidade de atingir a eficiência ótima do sistema. Neste post falamos sobre a alternativa de melhorar a operação lagoas anaeróbias. Na próxima semana, mais assunto de lagoas! Vamos para o 3º post!! Para a ALEh o importante é trabalhar bem para que a saúde chegue em todas as cidades, para todas as pessoas, preservando rios, lagos e mares e orientar os engenheiros responsáveis pelo tratamento de esgoto a realizar um bom projeto e aos operadores das ETEs uma excelente operação .

 

Autora:        Alessandra Valadares

Supervisão: Manuel Senra

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A importância de se cuidar das Águas, Rios e Lagos

A poluição das Águas, Rios e Lagos

O uso mais nobre da água é para beber. Admite-se a prioridade do uso da água para fins de abastecimento. Além disso, a água poluída pode tornar-se um veículo direto de vários contaminantes causadores de doenças graves de caráter epidêmico, atingindo as pessoas que abastecem desta água.

Já diziam Turing e Samuel Branco que os peixes constituem um indicador do estado de pureza de uma água.O habitat fornece o meio adequado para prover alimento, abrigo e condições de respiração.

A poluição é uma ação global, essencialmente complexa, e não as condições específicas. Ela altera, de forma panorâmica, todo o ambiente envolvido.

A água quando poluída por esgotos, torna-se corrosiva devido à formação de ácidos. As águas poluídas podem causar sérios danos a estruturas metálicas, estruturas de concreto tais como pontes por exemplo. Além do que já foi citado, podemos acrescentar que outra consequência indireta da poluição a proliferação de plantas aquáticas, como aguapé, que obstruem rios, canalizações e interferem na recreação de águas. Como temos visto na Lagoa da Pampulha. É necessário impedir que esta ameaça de poluição se prolongue. O Brasil possui excelentes técnicos, engenheiros sanitaristas e empresas de equipamentos. São muitas tecnologias estudadas, avançadas para o tratamento do esgoto conforme citado pelo Engenheiro Manuel Senra. Dentre estes avanços tecnológicos, para cada situação deve ser estudada a melhor alternativa em termos de eficiência de tratamento, de economia para a empresa de saneamento e de melhores benefícios para a população.

 

Alessandra Valadares

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Série 3 – Rio Tietê, por que acontece o mau cheiro?

Tietê, para os índios: caudal volumoso. Importante para a produção de energia hidrelétrica e para história, o Rio Tietê é como a espinha dorsal que recebe os Rios Tamanduateí e Pinheiros. Já dizia o cientista José Bonifácio de Andrade e Silva que com o crescimento estava começando a desnaturação dos rios. O famoso sanitarista Saturnino de Brito em 1926 avisava à Prefeitura para se ter cuidado com a poluição do Rio Tietê!!!São Paulo cresceu de forma vertical, a cidade que mais desenvolveu no Brasil. Assim, aumentou os resíduos a serem esgotados e a carga poluidora. E o que temos em 2018: o volume de esgoto é superior ao volume do rio nas épocas de estiagem! É depois da confluência do Rio Tamanduateí com o Tietê que as águas do Grande Rio estão como esgoto bruto. Mas e o mau cheiro do Tietê?

Vamos lá: existe uma enorme quantidade de sólidos transportados pelo Rio Tietê, uma parte é insolúvel contribuindo para o assoreamento, diminuindo a profundidade do leito, provocando às vezes até inundação, a outra parte desses sólidos sedimentados é constituída de matéria orgânica insolúvel, formando um lodo fino que entra em decomposição, provocando a formação de gases e o mau cheiro em toda a região. Existe solução? Felizmente, sim! Soluções práticas e econômicas já são asseguradas por nós especialistas em tratamento de esgoto, o que precisa é a união dos órgãos da administração pública, principalmente de bons sanitaristas, empresas privadas, universidades e cidadãos, e com o esforço de todos poderemos contribuir para a garantia do bem estar e da saúde pública da população e o respeito com a cidade de São Paulo.

 

Matéria: Alessandra Valadares.

Revisão: Manuel Senra.

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