Como se classificam os esgotos

Podemos classificar os esgotos de acordo com sua característica, sua força e sua principal característica.

De acordo com sua origem o esgoto pode ser doméstico ( provenientes das atividades domésticas como aparelhos sanitários, cozinha,lavagem de roupas), são os despejos líquidos das habitações, estabelecimentos comerciais, instituições. Inclusive no nosso livro: Tratamento de Esgoto – Noções Fundamentais para Operadores de ETE- Manuel Senra e Alessandra Valadares) apresentamos um desenho bem interessante com as atividades domésticas que produzem esgoto e sua porcentagem!

O esgoto também pode ser procedente de um processamento industrial e proveniente da coleta de precipitação atmosférica (esgoto pluvial).

Além disso,podemos classificar o esgoto quanto a sua força que é uma medida da concentração de sólidos nos esgotos, conteúdo de DBO e capacidade de produzir odores. Quanto mais forte os esgotos,maior sua quantidade de sólidos putrescíveis, isto é, sólidos orgânicos.

De acordo com sua principal característica os esgotos podem ser também procedentes de hospitais, complexos petroquímicos, siderúrgicas, etc.

Outros termos muito utilizados são esgoto fresco, esgoto séptico e esgoto estabilizado . No blog tem uma matéria especial sobre eles.

Espero que tenham gostado. Nos vemos nos próximos posts de estudos!

 

A Cor e o Esgoto

Um esgoto recente apresenta-se com a cor cinzenta. À medida que o esgoto vai enegrecendo, vai aumentando a septicidade.

Muitas vezes o esgoto já chega à ETE em condições sépticas devido a longos percursos nos coletores troncos e nos interceptores.

A cor dos esgoto quando recebem efluentes industriais é bastante variável. No nosso curso on line relatamos um caso que nos aconteceu quando operávamos uma ETE próxima a uma fabrica de tinta. Grande experiência!!

Já nas ETEs que recebem, por exemplo, efluentes têxteis, o laboratório pode observar em amostras colhidas nas 24 horas várias tonalidades, totalmente diversas, de cores predominantes do esgoto bruto.

Texto: Alessandra Valadares

 

 

O Biogás para Veículos na SABESP

Biogás para veículos na SABESP

 

Em 1980 a SABESP implantou junto a Estação de Tratamento de Esgoto de Vila Leopoldina uma usina piloto de purificação e compressão de biogás para uso em veículos. Na época, este Projeto foi conduzido pelos engenheiros da SABESP Eulicio Camargo e Manuel Senra. O Projeto desta unidade foi desenvolvido pelo IPT e possuía a capacidade de purificar 600 Nm³/dia. O biogás proveniente dos digestores anaeróbios passava por torres que recebiam produtos químicos onde o gás carbônico (CO2) era removido e se atingia um produto final com 96% de metano (CH4) e 4% de gás carbônico (Co2).

Este gás, após secagem era comprimido a 200 atmosferas, sendo enviado para um posto de abastecimento de veículos.

Anexo foto de veículos da SABESP sendo abastecidos por gás de esgoto em 1980.

 

Artigo: Alessandra Valadares

Arqª/Urbanista Msc. Saneamento

Respiração Aeróbia e Respiração Anaeróbia

 

Olá, amigos do site www.alehsaneamentoearquitetura.com.br, hoje vamos falar sobre a Respiração Aeróbia e a Respiração Anaeróbia.

Começamos pela Respiração Aeróbia, aquela que se processa na presença de oxigênio livre (que é o aceptor de hidrogênio).

Observamos que durante a Respiração Aeróbia a produção de energia é muito grande e os produtos finais são bastante estáveis, tais como CO2 e H2O.

Os processos aeróbios de tratamento de esgoto se destinam quase sempre ao tratamento da fase líquida, contendo finas partículas em suspensão e sólidos dissolvidos.

Essas finas partículas podemos dizer que são provenientes do esgoto pré sedimentado. Podendo ser efluentes dos decantadores primários, efluente do UASB/RAFA e efluentes de lagoas anaeróbias.

Por outro lado, a respiração anaeróbia se processa à custa do oxigênio contido na molécula e não livremente, a produção de energia é muito pequena e os produtos finais ainda contém energia na molécula, isto é, produtos ainda oxidáveis, como o metano.

Os processos anaeróbios de tratamento de esgoto se destinam ao tratamento, principalmente, da parte sólida (lodo dos esgotos).

Semana que vem tem mais assunto para vocês!!!

Texto: Arqª/MSC. Saneamento Alessandra Valadares

Supervisão : Engº Químico; Sanitarista Manuel Senra