Lodo de Esgoto – Parte 2

Lodo de Esgoto – Post 2/3

Um assunto bem interessante.: Quantidade de Lodo produzido nas Estações de Tratamento de Esgotos Domésticos.

Vamos lá!! O que observamos quando operamos as Estações de Tratamento de esgoto é que a quantidade de lodo produzido numa ETE será tanto maior quanto mais avançado for o grau de tratamento.

A quantidade de lodo também varia com o tipo de coleta de esgoto (sistema separador absoluto, sistema unitário), tipos de esgoto (doméstico ou industrial) características e unidades de sedimentação (tipo de decantadores, tipos de raspadores, tipos de equipamentos, tipos de entradas dos esgotos nos tanques de sedimentação).

E ainda é importante dizer que a quantidade é função do processo de tratamento, por exemplo, lodo ativado convencional produz quantidade diferenciada de lodo do processo de lodo ativado aeração prolongada e outros processos.

Agora a regra de ouro que sempre quando fazemos os diagnósticos das ETEs e treinamentos para os operadores ensinamos e é fundamental na operação das Estações de Tratamento de Esgoto: o lodo para ser desidratado deve ser um lodo estabilizado, um lodo com baixas concentrações de sólidos voláteis.

No próximo blog falarei sobre os benefícios da digestão do lodo!

Postagem : Arqª Msc.Alessandra Valadares

Supervisão Engº Manuel Senra

 

 

Lodo de Esgoto – Parte 1

 

Lodo de Esgoto – Post 1/3

Amigos do site da Aleh! Farei nas próximas semanas posts sobre lodo de esgoto. Vamos lá!

De acordo com seu estado os lodos podem ser:

Lodos frescos (lodo cru, lodo bruto)

Lodos velhos ( lodo séptico)

 

Como os lodos crus contem elevado teor de água, de matéria putrescível, de bactérias patogênicas, será necessário submete-los a um grau de tratamento, preparando-os para uma disposição final sem causar inconvenientes.

Os diversos tipos de tratamento de lodos de esgoto procuram:

  1. Eliminar parcialmente ou totalmente a água dos lodos para diminuir grandemente seu volume;
  2. Transformar os sólidos orgânicos putrescíveis em sólidos minerais ou sólidos orgânicos relativamente estáveis;
  3. Reduzir o número de organismos patogênicos existentes no lodo.

Para se conseguir os objetivos acima mencionados em pregam-se alguns dos métodos:

Adensamento,

Digestão Anaeróbia com ou sem aquecimento,

Digestão Aeróbia,

Tratamento Químico do Lodo bruto,

Secagem por centrífuga,

Secagem por leitos,

Secagem por contipress

Se você sentir maior interesse pelo assunto da desidratação temos um vídeo explicativo no nosso canal do youtube (Alessandra Valadares) falando sobre os vários processos de desaguamento do lodo e aprofundando nem especial aprofundando nas centrífugas de desidratação que tem sido um equipamento muito utilizado nas ETEs que operamos e que precisa de um treinamento mais profundo para os operadores.

Artigo: Alessandra Valadares

Arquiteta e Urbanista .Msc Saneamento

 

Supervisão:Eng° Químico e Sanitarista Manuel Senra

Formação de Lodo Ativado

Formação de Lodo Ativado

Para se conseguir um efluente final de boa qualidade existe a necessidade de se manter um equilíbrio no sistema biológico existente na Estação de Tratamento de Esgoto.

Este equilíbrio é atingido com o adequado número de microrganismos ativos mantidos no sistema para assimilar completamente a matéria orgânica presente nos esgotos nos estados coloidais, dissolvidos em suspensão, transformando-os em produtos finais tais como gás carbônico, água e materiais inertes. O ambiente no tanque de aeração deve atender a suficiente quantidade de alimentos (F) e a necessária quantidade de microrganismos (M).

Durante a operação assistida treinamos os operadores da ETE a ficarem atentos aos principais parâmetros necessários ao controle, são eles:

Oxigênio dissolvido no Tanque de Aeração;

Sólidos em suspensão no tanque de Aeração;

DBO afluente ao Tanque de Aeração;

Índice do Lodo;

Idade do Lodo;

Retorno do Lodo Ativado;

Relação A/M

Remoção de excesso de lodo.

Quando fazemos o start up da ETE vamos gradativamente selecionando aqueles parâmetros e índices que deverão ser mantidos para produzirem um efluente de boa qualidade .

Autor: Arqª Alessandra Valadares Alvares da Silva

Supervisão: Eng° Manuel Senra

Lagoas Aeradas – Post 6/6

Lagoas Aeradas – post 6/6

Amigos! Post final sobre Lagoas Aeradas.

Vamos Lá!

Sabe-se que a qualidade do efluente de uma lagoa aerada não é adequada para o lançamento direto no corpo receptor pelo fato de conter elevada concentração de sólidos em suspensão.

Normalmente a Lagoa Aerada de mistura completa é seguida por lagoa facultativa onde a sedimentação e estabilização desses sólidos possa ocorrer.

No nosso escritório ,nos projetos, considero sempre importante observar:

Tempo de detenção da lagoa aerada de mistura completa de 3 dias para a vazão média , profundidade de 3 a 4 metros, e potência mínima instalada de 5 Watts/m³.

E uma dica especial : O oxigênio dissolvido em toda a lagoa, durante a operação de acordo com Manuel Senra, deve estar em torno de 1 mg/L.

As lagoas aeradas atingem em termos de remoção de DBO, demanda bioquímica de oxigênio, uma eficiência de 50% a 60%.

Espero que essa série de posts sobre Lagoas tenha ajudado vocês!

Enviem o pedido, ou dúvida de vocês, para escrever o próximo assunto.

Abraços,

Alessandra Valadares

www.alehsaneamentoearquitetura.com.br