Remoção de Algas no efluente das Lagoas

As lagoas de estabilização facultativas são processos de tratamento bastante utilizados no Brasil por ser um país tropical e conseguem remover 85% da DBO do esgoto bruto.

De acordo com o professor Manuel Senra, um dos questionamentos da cor do efluente das lagoas facultativas é sua intensa coloração verde causada pela presença de algas.

Muitas vezes, os Órgãos Ambientais solicitam a remoção destas algas principalmente quando o efluente da lagoa facultativa é lançado em um corpo receptor de águas cristalinas causando um sensível impacto visual.

Um dos processos mais utilizados para a remoção de algas do efluente das lagoas facultativas e que tivemos a oportunidade de dar a solução quando fizemos o diagnóstico da estação de tratamento de esgoto foi a implantação de um sistema de implantação por ar dissolvido.

Se você quiser aprender um pouco mais, acesse o nosso curso on line na plataforma do hotmart: noções gerais sobre tratamento de esgoto

ou entre na página do site e teremos o maior prazer em estar com você trocando conhecimentos. Forte abraço,

 

Alessandra Valadares

Outras formas de desidratação do lodo: contipress, bags e filtro prensa

E vamos continuar o assunto sobre a desidratação do lodo gerado nas Estações de Tratamento de Esgoto. Já vimos nos posts anteriores uma explicação sobre os leitos de secagem,parâmetros importantes de projeto. Já falamos sobre a importância de se operar muito bem a centrífuga de desidratação (é um equipamento bem eficiente!), fizemos posts, textos e vídeos sobre as centrífugas (canal youtube Alessandra Valadares) e agora vamos citar outros processos que podem ser usados na desidratação do lodo.

Contipress: este equipamento também desidrata o lodo após a adição de polímero catiônico. Em comparação com a centrífuga , consome menos energia uma vez que trabalha em baixa rotação.

Um parafuso interno pressiona o lodo contra uma camisa perfurada obtendo uma torta com 20% a 25% de sólidos totais. Inclusive, quando fizemos o start up e a operação assistida da Estação de Tratamento de Água Rio das Velhas , especificamente a UTR – Unidade de Tratamento de Resíduos (capacidade 6 m³/s) operamos este equipamento. Vocês poderão ver na foto a seguir.

É importante citar os BAGS cujo processo consome energia somente com as bombas de lodo e as bombas de polímero. São fabricados em tecido de alta resistência e,uma vez completados seu volume interno são desativados.

Já o Filtro Prensa de placas é um equipamento mecânico utilizado para a  desidratação de lodo digerido. A torta de lodo desidratado do filtro prensa tem um teor de sólidos de 35% a 40% quando bem operados de acordo com o Consultor Manuel Senra. Para a desidratação do lodo o mesmo deve ser previamente condicionado com polímero ou sais de ferro juntamente com o cal, normalmente utiliza-se mais o cloreto férrico. No nosso Livro Tratamento de Esgoto: Noções Fundamentais para Operadores de ETE tem descrição completa de todos os processos de desidratação do lodo mais utilizados na América Latina.

 

 

 

Desidratação natural por leitos de secagem

Os leitos de secagem são unidades que receberão o lodo digerido e, através de um sistema de drenagem removerão a água desse lodo promovendo sua secagem. Esse lodo digerido seco poderá ser empregado na agricultura como condicionador de solo, não devendo , contudo, por motivos higiênicos ser utilizados em vegetais que não sofram cozimento. A seguir  temos uma foto de um leito de secagem na altura correta da disposição do lodo, em torno de 20 a 25 cm, bem projetado, construído e com secagem completa do lodo . E um vídeo com todos os processos de desidratação de lodo de ETE.

 

Vídeo

O que é importante na operação de centrífugas

O lodo desidratado pelas centrífugas consegue atingir uma torta com 25# a 30% de sólidos totais (70% a 75% de umidade). Para a desidratação do lodo através das centrífugas é necessária a aplicação de polímero no caso o catiônico. Inclusive, o prof .Manuel Senra nas suas práticas chegou a um número no escritório da ALE de 5kg de polímero seco por tonelada de sólidos secos afluentes
à centrífuga.

A eficiência da centrífuga é evidente, o que exige mais de nós sanitaristas e que tenho observado em  anos de operação é apenas o início da pré operação dentro da ETE. Após a centrifuga instalada e rodada pelo fornecedor, precisamos fazer muitos cálculos, desenhar e elaborar as planilhas de acordo com o tratamento de esgoto da Estação, calcular a quantidade de lodo prevista por dia dentro da ETE em bom funcionamento, fazer as curvas de eficiência e potência e deixar tudo pronto para o operador da estação de tratamento de esgoto. Uma centrífuga bem operada gera lucro para a estação, o lodo bem desidratado, gasta-se menos no transporte  e pode ser usado como biossólido. A operação assistida de uma área de desidratação mecânica é um trabalho árduo de pelo menos

Dia de teste para “rodar” a centrífuga.

uma semana dentro da ETE calculando e depois ensinando os operadores. Mas, vale a pena!!

É muito importante que o operador seja bem treinado e saiba fazer o acompanhamento adequado porque uma estação produz lodo diariamente . Se você quiser conhecer mais sobre vários processos de desidratação do lodo, no nosso canal do youtube Alessandra Valadares você vai encontrar um vídeo completo sobre este assunto com muitos exemplos além de uma explicação detalhada sobre centrífugas, captura de sólidos, etc.