Fenômenos Térmicos envolvidos no Tratamento do Esgoto

Os processos de tratamento de esgoto são diversos e neles se combinam, muitas vezes, alguns fenômenos como físicos, biológicos e térmicos.

Nos posts anteriores escrevemos sobre os fenômenos físicos (a remoção de sólidos grosseiros e flutuantes, a remoção de partículas sedimentáveis, remoção de partículas leves, desidratação do lodo, remoção de algas, etc).

Vimos também os fenômenos biológicos como o tratamento biológico do lodo bruto, a remoção de sólidos dissolvidos e coloidais orgânicos.

Escrevemos sobre os fenômenos químicos na desidratação do lodo e na desinfecção final.

Agora vamos falar da importância dos fenômenos térmicos . Hoje vamos falar, principalmente, na unidade de secagem do Lodo, qual a unidade e qual o princípio.

Inclusive a seguir apresentamos uma foto de uma estação de tratamento de esgoto que fizemos o start up e demos curso para os operadores na operação assistida. Na prática diária da operação é uma unidade que exige um fluxograma de acompanhamento detalhado , mas produz, neste caso pelets que depois podem ser aproveitados como biosólidos.

As unidades envolvidas são : secador térmico utilizando o biogás e a secagem solar em estufas.

Nos fenômenos térmicos envolvendo o secador o princípio envolvido é a evaporação da umidade do lodo desidratado pela ação do calor.

 

Processos de Tratamento de Esgoto- fenômenos Químicos envolvidos

No post anterior apresentamos o conceito que diversos processos de tratamento de esgotos, quase sempre  se combinam fenômenos físicos, químicos, biológicos e térmicos.

Aprofundamos nos fenômenos físicos com os tipos específicos, mais usuais de remoção e desidratação, falamos dos fenômenos biológicos que envolvem o tratamento do lodo bruto e  as unidades dos digestores anaeróbios, reatores anaeróbios de fluxo ascendente UASB/RAFAs e Lagoas Anaeróbias.

Apresentamos a remoção de sólidos dissolvidos e coloidais orgânicos bem como os tanques de aeração e filtros biológicos percoladores.

 

Hoje vamos apresentar dentro dos fenômenos químicos a desidratação do lodo, que envolve as seguintes unidades:

  • Tanques dosadores de polímero,
  • misturador,
  • filtros prensas e
  • centrífugas.

O princípio envolvido é a coagulação química para auxiliar a filtração e adição de polímeros. De acordo com o Sr. Senra, nas ETEs que operamos ou damos treinamento para os operadores das empresas de saneamento, utilizamos para  o auxílio a filtração o sulfato ferroso e cal.

Ja quanto ao fenômeno químico na desinfecção final as unidades mais comuns são:

clorador,

ozonizador,

ultravioleta (bastante utilizada).

 

Quanto ao princípio envolvido é a oxidação química.

Sim, estes são os pontos mais importantes quanto ao processo de fenômenos químicos.No próximo post falarei sobre os fenômenos térmicos envolvidos nos processos de tratamento de esgoto e concluimos esta parte.

Um forte abraço!

 

Alessandra Valadares

 

 

Tratamento de Esgoto e Mineralização

Qualquer processo de tratamento de esgoto doméstico consiste na separação dos sólidos do líquido. Estes sólidos que correspondem a 0,1% devem ser tratados separadamente do líquido (que corresponde a 99,9% de água) .

Nos diversos processos de tratamento, de acordo com Manuel Senra, o que ocorre é uma oxidação da matéria orgânica por processos biológicos.

Temos uma oxidação aeróbia e uma oxidação anaeróbia. Assim temos que promover através de bactérias a transformação da matéria orgânica, por meio de fenômenos de respiração e alimentação dos microrganismos, em matéria mineral. Esses processos biológicos acontecem na maior parte dos tipos de tratamento de esgoto.

Além disso, também se combinam fenômenos físicos, químicos, biológicos e térmicos.

Nos fenômenos químicos podemos citar: remoção de sólidos grosseiros (separação mecânica),remoção de partículas sedimentáveis (separação sedimentação hidráulica), Remoção de partículas leves (flutuação), desidratação de lodo, remoção de algas (filtração).

Quantos aos fenômenos biológicos, são vários nas unidades dos digestores anaeróbios, reatores UASB/RAFA, lagoas anaeróbias cujo princípio evolvido é a digestão.

Na remoção de sólidos dissolvidos e coloidais orgânicos temos os tanques de aeração, filtros biológicos percoladores e lagoas de estabilização.

No próximo blog falarei para vocês sobre os fenômenos químicos e os fenômenos térmicos.

Alessandra Valadares

Decantador Secundário

Vamos falar sobre a principal  finalidade dos Decantadores Secundários que é separar o lodo biológico produzido nos filtros biológicos do efluente líquido clarificado.

Assim, nos Decantadores Secundários a fração líquida clarificada escoa pela periferia dos vertedores constituindo-se no efluente final da ETE, enquanto a fração sólida inferior sedimentada no fundo dos Decantadores é removida continuamente pelas pontes raspadoras, sendo o lodo enviado para os Reatores UASB.

O decantador secundário foi escolhido para ser a capa do nosso livro: Tratamento de Esgoto- Noções fundamentais para operadores de ETE. Inclusive o decantador secundário da foto de capa é da ETE Norte em Palmas, Tocantins, onde fizemos o start up, a operação assistida e o treinamento dos operadores. É uma unidade que visualmente já nos diz da operação de um Estação de Tratamento de Esgoto.

Uma das formas operacionais de utilização desta Unidade que chamamos de decantador secundário é mostrada no Diagrama Operacional a seguir.