Fenômenos físicos no tratamento de esgoto

Nos diversos processos de tratamento de esgoto, quase sempre se combinam fenômenos físicos, químicos , biológicos e térmicos.

Quanto aos fenômenos físicos temos remoção de sólidos grosseiros e flutuantes nas seguintes unidades:grade grosa, grade fina mecanizada e peneiras.

A remoção de partículas sedimentáveis se dão nas caixas de areia, desarenadores, nos decantadores primários e secundários, tanques sépticos, lagoas de estabilização e reatores UASB/RAFAS.

A remoção de partículas leves pode ser feita nos tanques de flotação e caixas de gordura.

Já a desidratação do lodo pode ser feita através do leito de secagem, filtro prensa, belt press, centrífuga, contipress e bags. Inclusive você pode assistir o filme no nosso canal do youtube Alessandra Valadares onde explicamos detalhadamente sobre a atividade de desidratação do lodo de ETE! Vocês vão gostar.

Quanto a remoção de algas temos diversos processos para separação mecânica (filtração), dentre eles : filtros rotativos, filtros de areia e filtros de carvão ativado. Se você quiser aprender um pouco mais sobre os fenômenos físicos o Livro Tratamento de Esgoto Noções fundamentais para operadores ,Manuel Senra e Alessandra Valadares você aprende mais sobre os processos..

No próximo post escreverei sobre os fenômenos biológicos!

 

Sólidos Voláteis e Digestores

Os sólidos totais voláteis representam com grande aproximação os sólidos orgânicos dos esgotos e constituem os sólidos que volatilizaram a uma temperatura de 600 º C. O conhecimento dos sólidos  voláteis no lodo bruto é importante para a correta alimentação dos digestores anaeróbios. VocÊ pode conhecer um pouco mais dos digestores no nosso livro: Tratamento de Esgoto. Noções fundamentais para operadores de ETEs.

Os sólidos orgânicos são em geral de origem animal ou vegetal (dejetos, animais mortos, tecidos vegetais),incluindo-se contudo compostos orgânicos sintéticos. Contém carbono, hidrogênio e oxigênio, estando muitas vezes combinados a nitrogênio, enxofre e fósforo.

A seguir temos uma foto de um digestor em Belo Horizonte,Estação Arrudas onde fizemos a operação assistida e é um Projeto do prof. Manuel Senra.

Digestor Anaeróbio da ETE Arrudas

O esgoto nos lagos

 

O esgoto nos Lagos

Autora: Alessandra Valadares

Supervisão: Manuel Senra

 

Nós da ALEh desejamos um excelente Ano de 2019!! E vamos lá para um artigo tranquilo, objetivo onde vamos resolver mais algumas dúvidas sobre o conceito de DBO.

Imagine um pequeno lago de águas límpidas e com razoável teor de oxigênio dissolvido em suas águas. Se lançarmos nesse lago um certo volume de esgotos observaremos que o teor de oxigênio das águas do lago cairá imediatamente porque:

 

  1. O esgoto possui alimento (matéria orgânica)
  2. O esgoto possui seres vivos
  3. O lago possui oxigênio

 

Nesse caso, o oxigênio fornecido ao processo respiratório dos microrganismos, não provem da aeração mecânica, ar comprimido, e sim da reaeração atmosférica, com pequena contribuição de oxigênio produzido por fotossíntese através das algas que certamente existirão no lago. Os esgotos promoverão “roubo” de oxigênio dissolvido nas águas, isto é, uma demanda de oxigênio.

A DBO nos dá uma boa idéia do efeito poluidor das águas que contém grande quantidade de matéria orgânica.

Assim, a demanda de oxigênio nada mais é do que uma medida das necessidades respiratórias de uma população microbiológica.  Definimos como demanda bioquímica de oxigênio a quantidade em mg/L, necessária para que microrganismos oxidem a material orgânica, à temperature de 20ºC, num período de 5 dias.E é um parâmetro fundamental para operarmos uma Estação de Tratamento de Esgoto.

Respiração Aeróbia e Respiração Anaeróbia

 

Olá, amigos do site www.alehsaneamentoearquitetura.com.br, hoje vamos falar sobre a Respiração Aeróbia e a Respiração Anaeróbia.

Começamos pela Respiração Aeróbia, aquela que se processa na presença de oxigênio livre (que é o aceptor de hidrogênio).

Observamos que durante a Respiração Aeróbia a produção de energia é muito grande e os produtos finais são bastante estáveis, tais como CO2 e H2O.

Os processos aeróbios de tratamento de esgoto se destinam quase sempre ao tratamento da fase líquida, contendo finas partículas em suspensão e sólidos dissolvidos.

Essas finas partículas podemos dizer que são provenientes do esgoto pré sedimentado. Podendo ser efluentes dos decantadores primários, efluente do UASB/RAFA e efluentes de lagoas anaeróbias.

Por outro lado, a respiração anaeróbia se processa à custa do oxigênio contido na molécula e não livremente, a produção de energia é muito pequena e os produtos finais ainda contém energia na molécula, isto é, produtos ainda oxidáveis, como o metano.

Os processos anaeróbios de tratamento de esgoto se destinam ao tratamento, principalmente, da parte sólida (lodo dos esgotos).

Semana que vem tem mais assunto para vocês!!!

Texto: Arqª/MSC. Saneamento Alessandra Valadares

Supervisão : Engº Químico; Sanitarista Manuel Senra