A poluição e o tratamento do esgoto

São muitos os objetivos desejados ao se tratar o esgoto.

A maior meta é evitar os inconvenientes da poluição, que no seu sentido amplo pode ser entendida como qualquer modificação de características de um ambiente de modo a torná-lo impróprio às formas de vida que ele normalmente abriga. As diversas razões para fazer o tratamento de esgoto podem ser resumidas assim :em termos de saúde pública (evitar propagação de doenças de origem hídrica), proteger águas de recreação, evitar o aumento do custo do tratamento de águas de abastecimento, razões ecológicas, estéticas e legais.

Os processos de tratamento de esgoto que cuida do controle das águas procura proteger :

Águas de abastecimento público

Águas para fins de agricultura

Águas para fins industriais

Águas para fins recreativos, etc

 

A foto acima é de um processo de tratamento de esgoto, processo biológico, que pode ser aplicado em locais que apresentam disponibilidade de area e clima quente e cuja aplicabilidade operacional é simples e ao mesmo tempo eficiente.  A foto é de uma lagoa de estabilização facultativa Este processo simples de tratamento de esgoto alcança a estabilidade através da simbiose entre algas e bactérias durante funções biológicas da respiração e da  fotossíntese. Onde o oxiênio para a respiração é conseguido pelas algas e o gás carbônico para a fotossíntese é fornecido pelas bactérias.

Para você ler um poco mais, indico o livro Tratamento de Esgoto.Noções fundamentais para operadores de ETEs do Manuel Senra.

 

Matéria:Alessandra Valadares

 

Tratamento Químico

O tratamento químico dos esgotos  costuma ser considerado como um tratamento intermediário  porque os resultados que se obtém com ele são melhores que os do tratamento primario comum, porém de qualidade inferior ao tratamento secundário. Segundo Manuel Senra, de maneira objetiva, o tratamento consiste em adicionar ao esgoto bruto, antes dos decantadores primarios, um ou mais produtos químicos para produzir um floco que auxiliará grandemente a remoção de sólidos em suspensão no decantador e também aumentará a remoção de DBO naquela unidade. Deve-se levar em conta que o volume de lodo obtido com o tratamento químico é bem superior ao tratamento primário convencional; portanto, sua implantação deve considerer maiores recursos para manusear o lodo ( digestão,secagem, transporte e disposição).

Inclusive  a Ale colocou em operação a Estação de Tratamento de Goiania, cujo processo CEPT (Chemical Enhanced Primary Treatment) foi instalado. Se você interessar tem excelentes artigos (publicados nos Congressos da ABES) sobre tudo que foi realizado com o lodo produzido nesta ETE.

Matéria:Arqª/Engª sanitarista  Alessandra Valadares

Tratamento Terciário

Tratamento Terciário

Segundo Manuel Senra, muitas vezes devido ao reúso da água ou quando as condições locais exigirem, é necessário dar um polimento ao efluente secundário antes de lança-lo no corpo receptor. No curso on line da ALEh Saneamento e Arquitetura, explico claramente como deve ser feito. Aqui vou compartilhar com você um exemplo de algumas ETEs no Canadá que descarregam os efluentes em lagos de região de um turismo privilegiado com cassinos, clubes de campo, resorts, etc, neste caso, para evitar o fenômeno da eutrofização, foi necessário instalar o tratamento terciário para remover nutrientes, evitando a proliferação de algas em excesso nas águas do lago.

Também é considerada como tratamento terciário a desinfecção do efluente final que poderá ser feita por cloração, ultravioleta, ozonização e lagoa de maturação.

Artigo: Alessandra Valadares