Tratamento Secundário dos Esgotos

No tratamento secundário dos esgoto, procura-se tratar o líquido efluente dos decantadores primários ou dos reatores anaeróbios a fim de se obter um líquido final límpido e estável que possa ser descarregado em um corpo receptor, sem causar prejuízo algum de acordo com Manuel Senra.

Entre os principais processos de tratamento secundário aeróbio de esgotos estão:

 

a) processo de lodos ativado convencional

b)processo de lodo ativado por batelada

c) processo de lodo ativado por vala de oxidação

d) processo de lodo ativado por aeração prolongada

e) processo secundário de tratamento de esgoto por filtros biológicos

f)processo de lagoas de estabilização

A seguir apresento um fluxograma típico que desenhei para a compreensão do processo de Lodo ativado convencional. Se você se interessar pelo assunto no nosso livro  Tratamento de Esgoto Noções fundamentais para operadores de ETE tem todos os fluxogramas dos principais processos de tratamento de esgoto. 

 

Texto: Alessandra Valadares

Peneiras nas Estações de Tratamento de Esgoto

As peneiras podem ser de vários tipos, por exemplo: steep screen, roto screen.

Tenho gostado muito de operar estação de tratamento de esgoto onde elas estão presentes devido a sua função de reter sólidos.

As peneiras step screen como esta da foto feita por Manuel Senra em uma ETE que demos treinamento , como você pode ver retem sólidos maiores (que tem 3mm ou 6mm ) e isto evita que os mesmos sedimentem-se nos decantadores primários, reatores anaeróbios e adensadores por gravidade.

Esta peneira steep screen é um equipamento auto- limpante constituído por barras paralelas que lembram degraus de uma escada. Elas operam por elevação e abaixamento do nível líquido.

Além das peneiras, um parafuso transportador conduz o material removido até uma prensa compactadora.

Se você quiser saber um pouco mais no nosso curso on line dedicamos um capítulo sobre elas.

E no nosso  livro Noções fundamentais para operadores de ETE – ALEH Saneamento e Arquitetura Tratamento de Esgoto -tem também exemplo de um outro tipo de peneira as rotativas e as roto screen.

O que é muito importante é você saber quando estiver projetando lembrar de incluí-la para uma melhor eficiência da sua Estação ,que é uma unidade que contribui no trabalho do operador e no tratamento de esgoto com uma melhor qualidade..

Um forte abraço!

 

Fenômenos Térmicos envolvidos no Tratamento do Esgoto

Os processos de tratamento de esgoto são diversos e neles se combinam, muitas vezes, alguns fenômenos como físicos, biológicos e térmicos.

Nos posts anteriores escrevemos sobre os fenômenos físicos (a remoção de sólidos grosseiros e flutuantes, a remoção de partículas sedimentáveis, remoção de partículas leves, desidratação do lodo, remoção de algas, etc).

Vimos também os fenômenos biológicos como o tratamento biológico do lodo bruto, a remoção de sólidos dissolvidos e coloidais orgânicos.

Escrevemos sobre os fenômenos químicos na desidratação do lodo e na desinfecção final.

Agora vamos falar da importância dos fenômenos térmicos . Hoje vamos falar, principalmente, na unidade de secagem do Lodo, qual a unidade e qual o princípio.

Inclusive a seguir apresentamos uma foto de uma estação de tratamento de esgoto que fizemos o start up e demos curso para os operadores na operação assistida. Na prática diária da operação é uma unidade que exige um fluxograma de acompanhamento detalhado , mas produz, neste caso pelets que depois podem ser aproveitados como biosólidos.

As unidades envolvidas são : secador térmico utilizando o biogás e a secagem solar em estufas.

Nos fenômenos térmicos envolvendo o secador o princípio envolvido é a evaporação da umidade do lodo desidratado pela ação do calor.

 

Processos de Tratamento de Esgoto- fenômenos Químicos envolvidos

No post anterior apresentamos o conceito que diversos processos de tratamento de esgotos, quase sempre  se combinam fenômenos físicos, químicos, biológicos e térmicos.

Aprofundamos nos fenômenos físicos com os tipos específicos, mais usuais de remoção e desidratação, falamos dos fenômenos biológicos que envolvem o tratamento do lodo bruto e  as unidades dos digestores anaeróbios, reatores anaeróbios de fluxo ascendente UASB/RAFAs e Lagoas Anaeróbias.

Apresentamos a remoção de sólidos dissolvidos e coloidais orgânicos bem como os tanques de aeração e filtros biológicos percoladores.

 

Hoje vamos apresentar dentro dos fenômenos químicos a desidratação do lodo, que envolve as seguintes unidades:

  • Tanques dosadores de polímero,
  • misturador,
  • filtros prensas e
  • centrífugas.

O princípio envolvido é a coagulação química para auxiliar a filtração e adição de polímeros. De acordo com o Sr. Senra, nas ETEs que operamos ou damos treinamento para os operadores das empresas de saneamento, utilizamos para  o auxílio a filtração o sulfato ferroso e cal.

Ja quanto ao fenômeno químico na desinfecção final as unidades mais comuns são:

clorador,

ozonizador,

ultravioleta (bastante utilizada).

 

Quanto ao princípio envolvido é a oxidação química.

Sim, estes são os pontos mais importantes quanto ao processo de fenômenos químicos.No próximo post falarei sobre os fenômenos térmicos envolvidos nos processos de tratamento de esgoto e concluimos esta parte.

Um forte abraço!

 

Alessandra Valadares