Como classificam os esgotos parte 2/2

 

Os esgotos podem ser classificados de acordo com a sua principal característica em, por exemplo, esgotos petroquímicos (procedentes de complexos petroquímicos), esgotos siderúrgicos (procedentes de indústrias siderúrgicas). Outros termos muito vistos aos esgotos, são:

Esgoto fresco (esgoto em estado inicial). Também chamado de esgoto bruto, é aquele que chega na Estação de Tratamento de Esgoto. Esse esgoto ainda tem uma pequena quantidade de oxigênio dissolvido.

Esgoto Séptico (esgoto envelhecido que não possui mais oxigênio dissolvido).

E o efluente final (esgoto estabilizado, contendo substâncias que não sofrerão mais decomposição. Possui sólidos inertes já decompostos nos processos biológicos e não tem cheiro ofensivo). Se quiserem aprofundar mais sobre o assunto no livro tratamento de esgoto domestico Noções fundamentais para operadores de ETE de autoria do Engº Manuel Senra vocês encontram de forma bem objetiva e prática mais sobre esse assunto. 

Eu gostaria de aprofundar no próximo blog,  o assunto sobre tratamento preliminar, especificamente alguns desarenadores que já operamos. Espero que vocês gostem!

 

Autora: Arqª Msc Saneamento Alessandra Valadares

Supervisão Engº Manuel Senra

 

 

Classificação dos Esgotos quanto a origem e força

Os esgotos podem ser classificados de acordo com a sua origem, sua força e sua principal característica. Os esgotos domésticos são provenientes das atividades de casa como as lavagens de roupas, lavagem de piso, da cozinha e dos vasos sanitários que corresponde a aproximadamente 41% de geração.

Os esgotos industriais são os procedentes de um processamento industrial, principalmente indústrias de médio e grande porte. Nesse caso quando vamos fazer os Diagnósticos Operacionais em indústrias observamos diversos fatores, principalmente como as rotinas operacionais tem sido executadas pela equipe do tratamento, se precisam ser alteradas, pra que a melhor eficiência da Estação seja atendida. Analisamos o projeto original, as análises físico químicas e só a partir daí são sugeridas as melhorias de processo. O esgoto industrial exige do operador um acompanhamento detalhado.

E temos também o esgoto pluvial que são os decorrentes da coleta de precipitação atmosférica.

Inclusive no livro da Aleh Tratamento de esgoto Noções Fundamentais para operadores de ETE apresentamos como o item da geração do esgoto e suas porcentagens são distribuídos nas atividades domésticas.

Temos também a classificação dos esgotos de acordo com a sua força os esgotos podem ser classificados como fortes, médios e fracos e essa força é uma medida da concentração de sólidos nos esgotos, conteúdo de DBO e capacidade de produzir odores. Assim, quanto mais forte os esgotos, maior sua quantidade de sólidos putrescíveis, sólidos orgânicos.

No próximo blog escreverei sobre a classificação do esgoto de acordo com a sua principal característica.

 

Autora: Arqª Msc Saneamento Alessandra Valadares

Supervisão Engº Manuel Senra

 

Digestão do Lodo de Esgoto

Digestores ETE Arrudas

Digestão do Lodo de Esgoto – Post 3/3 

O objetivo da digestão do lodo é decompor a matéria orgânica putrescível até a formação de compostos orgânicos ou inorgânicos inertes ou relativamente estáveis a fim de que o lodo resultante possa ser eliminado sem causar prejuízos.

Outra função essencial é reduzir o volume dos lodos, através de liquefação, gasificação e adensamento de maneira que o lodo resultante possa ser separado prontamente da água por um dispositivo qualquer de secagem.

Além disso, o processo de digestão do lodo destrói em grande parte os organismos patogênicos.

Outra função importante que acontece durante esse processo é a possibilidade de utilizar o lodo digerido como condicionador do solo e também os gases resultantes do processo como fonte de energia. Nesse último assunto, no livro Tratamento de Esgoto, Noções Fundamentais para Operadores de ETEs, autoria Manuel Senra e Alessandra Valadares, você poderá ver o primeiro carro da SABESP movido a este tipo de gás em 1982 concepção do engº Senra e uma unidade de gaseificação de 2014 instalada na região metropolitana de Belo Horizonte, onde tive a oportunidade de fazer a operação assistida, uma ETE por sinal muito interessante onde trabalhamos com MBBR , reúso, secagem de lodo e outras inovações.

Artigo: ArqªMsc Alessandra Valadares

 

 

Lodo de Esgoto – Parte 2

Lodo de Esgoto – Post 2/3

Um assunto bem interessante.: Quantidade de Lodo produzido nas Estações de Tratamento de Esgotos Domésticos.

Vamos lá!! O que observamos quando operamos as Estações de Tratamento de esgoto é que a quantidade de lodo produzido numa ETE será tanto maior quanto mais avançado for o grau de tratamento.

A quantidade de lodo também varia com o tipo de coleta de esgoto (sistema separador absoluto, sistema unitário), tipos de esgoto (doméstico ou industrial) características e unidades de sedimentação (tipo de decantadores, tipos de raspadores, tipos de equipamentos, tipos de entradas dos esgotos nos tanques de sedimentação).

E ainda é importante dizer que a quantidade é função do processo de tratamento, por exemplo, lodo ativado convencional produz quantidade diferenciada de lodo do processo de lodo ativado aeração prolongada e outros processos.

Agora a regra de ouro que sempre quando fazemos os diagnósticos das ETEs e treinamentos para os operadores ensinamos e é fundamental na operação das Estações de Tratamento de Esgoto: o lodo para ser desidratado deve ser um lodo estabilizado, um lodo com baixas concentrações de sólidos voláteis.

No próximo blog falarei sobre os benefícios da digestão do lodo!

Postagem : Arqª Msc.Alessandra Valadares

Supervisão Engº Manuel Senra